sábado, 10 de abril de 2010

Mais uma vez

O que eu faria? Colocaria os pés pro alto e deixaria o dia passar, sentadinha aqui, olhando o céu mudar de cor e a temperatura variar, exatamente na mesma posição. Pego um copo de leite, arrasto a cama pro lado, sento junto da bancada, esse é o momento que eu evitei até agora, olhar pra esse monitor e dizer o que sinto.
Desde sexta, assim que cheguei em casa, abri um arquivo do Word e fui digitando as coisas que passavam na minha cabeça: cigarros, solidão, sexo, internet, bares, moda, viagens, música, mudanças, unama e amor, como sempre. As frases todas perdidas, sem conexão... e essa bagunça é tão...“eu”. Não sinto vontade de fazer nada, só continuar aqui, de joelhos encolhidos, assistindo minhas séries. A “semana em que meus pai saíram de férias” não teve amor, só uma cerveja no meio da semana que me levou a crer...pode ter outra pessoa se apaixonando por mim e dessa vez não vou virar as costas. Estou tão cheia de feridas não cicatrizadas, a beira da loucura e da solidão, mas tão calma e, ainda sim, convencida de que meu caminho é o novo.
Quando chove, sento na varanda de madrugada e me deixo molhar, essa é a única hora em que consigo respirar, é o único momento que ainda me sinto viva. Não é difícil olhar pra cara do passado, não representa mais a mesma coisa, são só espaços vazios de mentiras. Dói mesmo olhar pra frente, do que vai ser de mim e do resto ambulante que eu sou.
Isso é tudo o que eu consigo escrever por hoje.


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