terça-feira, 19 de janeiro de 2010

nada relevante

A saliva amarga desce garganta à baixo com dificuldade, falta algo. “Você precisa aprender a ser só”, normalmente as coisas que o Luiz diz fazem refletir, dessa vez não foi diferente. Todo instante seguro o celular em minhas mãos como hábito, pensando em ligações sem propósitos, mas não há pra quem ligar, ninguém precisa saber o que ando fazendo. Estou em uma fase não divertida, esperando um “boa noite” do além. O caso nem é de tristeza, é apenas solidão absoluta e essas palavras não devem ser lidas em tom angustiado, não é isso, só preciso reaprender a ser assim.
Chega a ser irônico não ser tão simples, da outra vez foi. Antes esperava uma volta e pensava em reconsiderar situações, dessa vez estou sem perspectiva amorosa. No início tentei me interessar por outra pessoa, mas não era isso também. A percepção que tenho nesse momento é a do fim da estrada, à frente vejo mata fechada, estou com um facão em uma mão e um terço na outra. Vou em frente por persistência e teimosia, vou sempre em frente. Em outras palavras, estou sem amor, esse era o único caminho familiar e, imediatamente, não sei mais o que será de mim. Estou em terras desconhecidas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"quem sou eu"

Hoje eu estava pensando sobre o que escrever no “quem sou eu” do Orkut, mas várias coisas aconteceram ao longo do dia que me fizeram perceber que a resposta para isso mudou depois de muito tempo. Nossa, mas antes disso, preciso falar aqui sobre uma nova pessoa na minha vida.
Eu fiz um novo amigo ou um futuro novo amigo, sei lá a definição. Eu não faço colegas, faço amigos e assim que pus meus olhos nesse, sabia que seria um dos meus e sem cerimônia nenhuma, verbalizei pra o próprio, aposto que ele não levou muito a sério... Coitado. Bom, hoje mandei um depoimento pra ele agradecendo por ele ter cuidado de mim ontem (bebi a vida e fiquei um pouco fora de mim) e eu confiei que ele cuidaria de mim e cuidou mesmo, mas aproveitei que já estava ali agradecendo e falei logo que eu não tinha me enganado sobre ele e que era um achado. Esse foi um daqueles recados que não se tem resposta pra esperar, é só um desabafo. Você escreve para os seus amigos que gosta deles e não precisa de resposta, mas pra minha surpresa, ele ficou surpreso com aquilo, justificou dizendo que não recebe isso de todo mundo. Enfim, ele é um cara legal e estava agradecendo, mas isso me fez pensar sobre o “quem sou eu” do Orkut.
Devo assustar as pessoas com essa mania de certeza, como fiz nesse caso, mas é uma característica minha. Meu ex-namorado era desconfiado sobre minhas amizades e uma vez, durante uma briga, tocou no assunto, disse que talvez os meus amigos não fizessem as coisas de forma tão intensa quanto eu e ficou indignado quando eu disse que o meu amor por eles não depende do que eles possam ou não fazer, que simplesmente amo-os de graça. Aquilo causou uma confusão maior ainda, mas senti pena dele naquele instante, talvez ele não saiba o que é o amor no final das contas.
E é isso que me faz feliz, poder amar essas pessoas que não me cobram e que eu não exijo e que entendem e aceitam que eu gosto delas só por gostar e não preciso de uma explicação pra tudo e que o fato de estarmos juntos ou não, não muda o nosso laço ou diminui nosso amor, mesmo que o que vá daqui seja maior ou mesmo que o que venha de lá o seja. Amar por amar, sem obrigação e sem pré-requisito. E isso me fez enxergar no meu espelho hoje, que não sou mais uma portadora do mau humor, não mais, e que sou doce feito algodão doce.
E a resposta do “quem sou eu” hoje, seria simplesmente: “não vou escrever nada que eu acredite que vá me definir, porque criará um pré-conceito sobre mim e eliminará a sua opção de criar uma primeira opinião particular sobre mim”. Estou confiando na minha versão 2010, mais simpática e muito mais feliz.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Indicação do ANO

Queridas, tive um grande achado ontem graças a Clícia. Leiam com carinho o máximo de coisas que conseguirem, é extremamente útil.

http://www.manualdocafajeste.com/

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

#Fail

Estou aqui sentada me perguntando sobre escolhas. Querer muito alguém ou não, ir atrás ou desistir, começar e terminar. Hoje juntei minhas mãos em oração e pedi por clareza e sanidade. Parece fácil abrir a boa e dizer “está tudo acabado mesmo”, mas não é, ainda estou aqui me questionando sobre escolhas e mudança de destino. Será que cometi um erro? Será que as coisas não poderiam ter mudado? Hoje meu coração tá apertadinho porque estou sentindo falta de ter alguém, ninguém específico, mas ter alguém ali naquele posto. Meu ultimo namoro acabou por causa de uma msg de celular que não significava nada e isso desencadeou todas as outras coisas que não me deixam dormir mais. Há duas semanas estava tudo controlado e eu sabia onde estava pisando, tinha um namorado que eu conhecia e eu me conhecia enquanto estava com ele e de repente as coisas mudam, acordo mudada, talvez até apaixonada por outro cara que não tem interesse em mim, esperando meu celular tocar ou a janela do MSN piscar, estou me sentindo ridícula e não estou acostumada com isso. Eu quero viver todas essas aventuras malucas, mas com calma. Faz 24 horas que eu disse que não gostava de alguém e já existe outra coisa pra me perturbar. Vai ser sempre assim, alguém que gosta de mim eu não gosto e eu gosto de alguém que não gosta de mim. Seria bom se alguma vez aquele cara lá colaborasse comigo e sincronizasse alguma coisa.
Tenho esperança de acordar com a vista clara e enxergar as respostas das minhas angústias, de me achar no meio dessa zona que é minha vida, mais bonita e confiante, mais feliz. Não me sentir diminuída e sem esperança por querer alguém muito mais do que eu. E de não fazer mais parte desse erro na balança, de alguém sempre sair por baixo. Em um mundo melhor, as coisas serão ponderadas e os sonhos que eu crio, poderão ser concretizados. Hoje eu vou dormir com vontade, agoniada para resolver a minha situação. Eu não sei lidar com esse tipo de coisa, to surtando.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010

Virou o ano e naturalmente as coisas inacabadas encontraram seus lugares. Como esses dias em Salinas me fizeram bem, todas as músicas que ouvi, as besteiras que consumi, as chuvas que tomei e todos os momentos com meus bons e velhos amigos foram ideais. Não foi preciso fazer nada esses dias para que tudo ficasse muito bom. Redescobrir em mim uma satisfação em curtir a vida e desfazer laços repressores, me libertar de puritanismo, de conceitos e me reencontrar. Nos últimos dias do ano que acabou, tinha quase certeza que meu réveillon seria um fiasco, mas foi perfeito. Cheguei à Salinas dia 30 e no mesmo dia meu celular descarregou, não fiz questão de carregar, queria paz. Meia noite liguei pra única pessoa que não estava comigo e que precisava falar, a Samara. Não aconteceu nada de mágico ou absurdo, não me apaixonei por uma música, nem por uma paisagem, mas foi envolvente. Lanchei na chuva, andei na lama, bebi o suficiente para me encorajar e rir, rir, rir muito. Todos os dias tinha as companhias ideais desde a hora em que abria meus olhos, até a hora em que eu estava dormindo de novo. Dessa vez não tenho muito que escrever sobre como me sinto, parece que ganhei uma recompensa, todos esses momentos maravilhosos. Esse ano vou ficar sozinha, me divertir e é só isso o que EU quero, paz. Dois mil e dez veio embrulhado pra presente, inacreditável. Talvez essa alegria toda dure alguns dias, alguns meses e, se Deus quiser, o ano todo, pra que eu possa fazer as coisas que ainda não fiz. Quero viajar pra Vegas no final do ano, quero fazer umas loucuras pelo caminho e um interurbano pra acabar a ultima coisa que falta para me libertar de todas as correntes pra sempre. Eu não amo mais ninguém, por fim, enfim, exceto meus amigos. Liberdade, senti sua falta.
Feliz 2010 para todos.

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