terça-feira, 19 de janeiro de 2010

nada relevante

A saliva amarga desce garganta à baixo com dificuldade, falta algo. “Você precisa aprender a ser só”, normalmente as coisas que o Luiz diz fazem refletir, dessa vez não foi diferente. Todo instante seguro o celular em minhas mãos como hábito, pensando em ligações sem propósitos, mas não há pra quem ligar, ninguém precisa saber o que ando fazendo. Estou em uma fase não divertida, esperando um “boa noite” do além. O caso nem é de tristeza, é apenas solidão absoluta e essas palavras não devem ser lidas em tom angustiado, não é isso, só preciso reaprender a ser assim.
Chega a ser irônico não ser tão simples, da outra vez foi. Antes esperava uma volta e pensava em reconsiderar situações, dessa vez estou sem perspectiva amorosa. No início tentei me interessar por outra pessoa, mas não era isso também. A percepção que tenho nesse momento é a do fim da estrada, à frente vejo mata fechada, estou com um facão em uma mão e um terço na outra. Vou em frente por persistência e teimosia, vou sempre em frente. Em outras palavras, estou sem amor, esse era o único caminho familiar e, imediatamente, não sei mais o que será de mim. Estou em terras desconhecidas.

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