quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Trechos dos diálogos de waking life (um filme de Wiley Wiggins)

fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/02/273974.shtml

"- Um amigo me disse , um dia , que o pior erro é pensar que se esta vivo, quando se esta dormindo na sala de espera da vida.
O truque é combinar as habilidades racionais conscientes com as infinitas possibilidades do sonho.Se puder fazer isso, fará qualquer coisa.
Já teve um trabalho que odiava, mas se empenhava? Um longo dia de trabalho, finalmente, vai para casa, deita fecha os olhos. Ai, acorda e percebe que todo dia de trabalho foi um sonho. Já é ruim vender sua vida consciente por salário mínimo, mas estão ficando com seus sonhos de graça".

Time to go.


Ele disse qualquer coisa sem sentido com qualquer justificativa imbecil e... "han?".
Gerou vazio sem desespero...isso deve ser bom. Sem saudades, sem pensamentos malinos. Paz, sera? Malas prontas, vou viajar, tenho milhas e milhas!

"Don´t worry about a thing / cause every little thing is gonna be alright"

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hello?

Quando é o teclado que resolve não funcionar, é o chuveiro que queima. Quando não chove no caminho pro trabalho, faz um calor infernal no dia que escolhi assistir um filme em casa. Quando não é um, é outro. É demais querer um pouquinho de paz, paizinho? Poderias me dar essa colher-de-chá de vez em quando. Aproveitando a deixa, me manda um bom sujeito na próxima, com os outros dois o Senhor castigou demais. Um morava no cu do mundo e o outro era desprovido de bons adjetivos. Pegue leve no que vier, mande um que só seja meio burro ou bunda mole, um mais ”normal”. Não se esqueça da ”paz” que eu pedi no início, isso é importante! E quando o senhor resolver mandar outro traste, leve embora na saída, os dois o senhor esqueceu aqui e já estou quase pedindo pro coisa ruim carregar essa parafernália pro inferno.
Muito grata e vai desculpando o mau jeito, mas o negócio ta pegando por aqui. Venha me visitar sempre que quiser, a casa é sua não é mesmo?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Super-Nada

Lemos por aí nos gibis sobre caras especiais, que sabem voar, correr rápido, levantar pontes e por aí vai. Quando eu era pequena, passava horas olhando para o controle tentando fazer com que ele mexesse, mas nunca consegui. Depois cismei em tentar ouvir o pensamento das pessoas e, com o tempo, várias outras coisas foram me intrigando. Isso causou alguns problemas, me fez achar que eu era especial, mesmo sem conseguir fazer nada, tinha quase certeza de que era questão de tempo para que descobrisse qual era o meu dom. Nos meus vinte e um anos de vida ainda não encontrei nenhum, mas algumas coincidências sempre acontecem comigo, o que atrapalhou ainda mais o abandono dessa bobagem.
Todas as vezes que eu queria falar com alguém essa pessoa aparecia ou ligava, todas as vezes que tinha medo de voltar pra casa caminhando de noite, pedia para quem estivesse me protegendo piscasse a luz do poste e ela piscava. Sempre que chorei de tristeza, choveu. Vários sonhos viraram realidade e, de um jeito estranho, aprendi a ler no rosto das pessoas o que elas estavam pensando. Mas isso foram apenas coincidências que só me iludiram por um tempo a mais, além do que a fantasia de infância deveria ter ido.
No ensino médio mudei de escola e tive meu primeiro fiasco amoroso e depois dele vários outros vieram, me agarrei nessa idéia de super-poderes e fiz uma capa de aço. Todos viam a garota forte e inabalável com aquela capa, mesmo que eu me sentisse destruída em baixo dela, aquilo convenceu. A partir desse momento me encontro mais forte, quase renovada, pelo menos é essa a idéia de que tenho me vendo recuperada diante do espelho após cada queda. Enfim estava realizada, havia encontrado o meu dom: manipular sentimentos.
Confesso que no início é fácil não ceder, mas como o ar que falta no alto da montanha, começa a sentir falta das coisas, mas continua sem olhar pra si. Nem olha os próprios olhos no espelho, tenta evitar pensar, mas pensa, sonha e sente. Continua fazendo gênero para os outros, que já olham com admiração por tamanha força e alto-controle. É quando você começa a ver-se como mestre e repassa ensinamentos, diz aos outros como é simples, mostra esperança, força, os torna alto-confiantes e alguns executam suas tarefas tão bem quanto você.
Chega um dia qualquer, você acorda bem, disposto, sai e quando você volta pra casa, vê refletido nos vidros das ruas os ombros caídos e o céu nublado, sem explicação nenhuma, aperta as mãos contra o rosto e derrama um rio de lágrimas, chora tanto que o corpo todo treme, procura entender como os poderes se foram de forma tão brusca ou se a ultima pessoa pra quem você ensinou sua técnica infalível, não levou seu dom.
Vários dias seguidos serão tristes e, enfim, você olhará para o que está dentro de si. Nesse momento enxerga o que era real ou não, que a tentativa desesperada de acabar com a dor de cada separação só foi adiada, que não existe nada que faça nós esquecermos o que nos causou alegrias e tristezas e não dá para escolher não sentir. O que dá pra fazer é criar novas lembranças, com outras pessoas que também podem nos fazer felizes e tristes. Continuar fugindo só vai fazer crescer a bola de neve. Aprendi com isso tudo a viver todas as partes da vida e dos relacionamentos, não dá para escolher não chorar quando o que nos fizeram deixou uma marca na pele. Não dá pra viver alheio aos próprios sentimentos e continuar ignorante de si. A única saída é viver a realidade e encarar a vida. Os super-homens da vida são aqueles que conseguem fazer suas próprias vidas e de suas famílias melhores nesse mundo onde tudo está errado, essa é a receita a ser seguida.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Robert Pattinson + John Mayer = Tiago Iorc

Não preciso dizer mais nada, né?



Nothing But a Song
Tiago Iorc

I read your mind a thousand times
Exempt myself from alibis
Surrender to me softly
You\'re trying to find a different side on me

You see this life
As nothing but a song without no rhyme

Devote myself with compromise
Selfishly lying, giving bad advice
Surrender to me once again
You\'re trying to find a boy inside a man
You ask me why
We suffocate our lives beneath the sky

Maybe we\'re losing all reason in our silly fights
Maybe this time it\'ll seem right
I wanna tell you \'bout
The day we first met and
How I feel when you\'re holding me tight
Oh, and how you\'ve changed my life

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O que ficou...

Mania esta que tenho de encontrar nos olhares motivos, de ouvir nos risos o sentido para o que as palavras não disseram. Sem propósito estou à deriva de uma via sem destino e de um gozo sem sabor. Carente de cada ultima mão que toca meu corpo que respira cansado sem atenção. Tenho cada sentimento na estante, exposto como um troféu raro que conquistei, carregando no peito um coração de enfeite e o fardo de não amar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Por hoje é só.



Não consigo dormir...01:10 da manhã do dia 23/01/2010, sábado. No som toca “heartbreak warfare”, do John. A janela está aberta para o lado contrário ao habitual, se tivesse uma lua no céu, esse seria o único jeito que conseguiria enxergá-la. Dia 28/07/2010, completará quatro anos.
O dia foi simples, acordei cedo, feliz por ser sexta-feira e só ter que trabalhar até o final do dia. Após o trabalho voltei pra casa, liguei o computador, comi qualquer coisa, peguei o telefone de casa pra conferir quem ligou...tinha um número com DDD 71, passou batido. Mais tarde, naquele mesmo dia, enquanto estava no msn, o telefone tocou. O DDD 71 brilhou e deu um nó na garganta, mas atendi corajosamente esperando que fosse qualquer outra pessoa.
Eu, após o terceiro toque:
-Alô!- Nada.
Tento de novo:
-Alô? Alou? - Do outro lado da linha alguém respira fundo e desliga.
Sem dizer nenhuma palavra, alguém que está do outro lado do país deu um nó na minha garganta e uma série de perguntas vieram em seguida. Não é justo após quatro anos remexer esse baú. Não vou nem escrever o que eu gostaria de ter dito ali, isso também não seria justo. Fico aqui pensando na possibilidade disso ser verdade, dele ter me procurado depois de tanto tempo, desse sentimento ser real e ter tido um motivo pra ficar guardado tanto tempo. Depois de quatro anos ainda sinto o frio na barriga espremer meu estômago fazendo com que as borboletas voem. Como é possível ainda sentir isso? Eu fiquei tão boa em esconder, que escondi até de mim. Ele está tão bonito, tão diferente e não sei se continua o mesmo, mas imagino que a saliva ainda tenha cheiro de chuva, que a forma como segura a mão continua a mesma e que a habilidade para dançar também. Meu Deus, escreveria aqui tudo que era perfeito, mas vou deixar o significante:

Ontem, 02 de fevereiro de 2010, soube que ele está noivo e o mundo que eu conheço se partiu por fim.

Mais...

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