quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lua

E o que me deixa com raiva é que eu escreveria mais vinte mil textos falando sobre a mesma pessoa. Sobre cada detalhe que eu ainda lembro depois de todos esses anos. De cada mensagem no celular e cada ligação feita. Do tamanho das mãos e dos dedos dele, da textura que eles tinham e a forma como minha mão encaixava perfeitamente na dele. De como nos vangloriávamos disso e de todas as coisas bobas que tinham importância pra gente.
E por eu saber que independente do que aconteça e por maior que seja meu esforço pra mudar isso, sempre, daqui pro resto da minha vida, ele vai ser a lua do meu céu. Noite após noite.
Eu sinto tanto a falta dele, mas tanto, vocês nem imaginam. Vou dormir agora, se não vou continuar mimimi.



Ps.: E eu sei que tem mais alguém que vai chorar depois de ouvir essa música. Né Samara? É... =~]

Upside Down

Desisti do amor. Pelo menos por enquanto. A primeira vez que fiquei com o coração partido, todo mundo me disse: ‘deixa sangrar, deixa cicatrizar. Vai sarar, vai parar de doer’. Nunca deixei. E agora está bagunçado e nebuloso de novo, como naquele dia 28 de julho de 2006. Aquela ferida exposta e dolorida, por onde meu coração saiu e que continua sangrando até hoje. O coração nunca conseguiu se recolocar naquele lugar, ele continua se machucando dentro do peito. Não dei tempo pra ele arrumar a casa e agora a ameaça é de ‘caso perdido’. Mas não posso desistir de mim (fico repetindo isso pra me convencer). Mais um namoro ficou pra trás. Decidi deixar essa pessoa sair cedo, antes que fosse complicado demais, antes que a gente se amasse e eu acabasse magoando ele por não ter espaço no meu peito ferido pra mais uma história fracassada. Porque seria exatamente isso. E enquanto a ferida não sarar, será tudo fracasso. Agora eu preciso juntar os meus próprios pedaços, que foram ficando nos caras que eu amei. Preciso me achar e deixar tudo em ordem de novo, como há cinco anos, antes do Henrique ter entrado na minha vida, antes de eu ser só dor. Preciso me dar a chance de ser incrível, como ele me fez sentir na primeira vez que dissemos que nos amávamos, na primeira vez que dançamos na chuva e a primeira vez que nos beijamos. Foi incrível. E de uma vez por todas, eu preciso superar isso.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mais uma terça-feira

Sair da frente do computador e continuar desenhando as linhas retas nas folhas pautadas. Selecionar uma música, e quando as mãos cansarem e as linhas perderem a direção, deitar na cama e apreciar o teto do quarto. Fazer isso por mim, me domar por completo. Olhar pra cima, porque agora consigo conviver com o que está na minha mente.

Tenha uma boa noite!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rosie and me

Darkest Horse


Old Folks (NEW YEAR)



*Novas ternurinhas.

2006 - O fundo do oceano

Perdida no fundo do oceano sentou-se em uma pedra qualquer, sem saber pra que lado nadar, sem saber onde havia ar. Não enxergava um palmo diante do nariz e ficou confortável ali no fundo, esperando a morte vir.
Prestes a se afogar, sentiu uma mão tocar seu ombro esquerdo e lhe puxar pra junto de seu corpo lhe dando o ar que trazia dentro de si da superfície em um doce beijo. O amor nasceu ali e sentiu vontade de nadar.
Lembrou da praia e como seria respirar olhando o céu. Nadou. Deu a mão ao salvador que conhecia bem o caminho e nadou. Entre a pedra e a superfície, tentava fazer planos, mas só pensava em conhecer o rosto que lhe beijou junto da pedra no fundo do oceano e por quem ela havia se apaixonado. Mas enquanto se esforçava pra subir, percebeu: ele não estava mais nadando. E parou de nadar também. Ele a puxou de novo para junto de si e a beijou da forma mais delicada que possa existir, depois afundou.
Ela nunca soltou a mão dele e os dois afundaram juntos. Mesmo sem nunca ter visto seu rosto, ela sabia que aquele era o único amor que valia a pena lutar, ele foi o único por quem ela quis nadar. Voltou pra pedra que estava sentada antes e muitas mãos já tocaram seu ombro, mas nunca mais se virou. Ela continua abraçada ao seu amor morto no fundo do oceano.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sexta-feira

Dia de botar a imaginação pra funcionar. Vou deixar aqui as imagens que me inspiraram nessa noite linda.








Divirtam-se, kids.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fernando

Ele que já me jogou na geladeira literalmente, que me dava porrada e ainda joga fumaça de cigarro na minha cara. Ele que me iniciou na boa música e que apesar de ter sido todo errado, foi um exemplo de superação e que eu amo com toda a minha força. Só o tempo pra mostrar como os irmãos são importantes e o quanto eu sou abençoada por ter ele pra me dar apoio sempre e sofrer pelo Remo junto. Além de ter me dado os dois melhores presentes do mundo: Victor Hugo e Guilherme.




"Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais
Não entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar pra pensar
Na verdade não há"

domingo, 3 de outubro de 2010

#EUQUERO






Tem como não amar tudo?

Eis um texto de Tati Bernardi que me defini em absoluto:

"Atrás da pista tem um bar e atrás do bar tem um sofá. Estou sentada nesse sofá. Aguardo ansiosa por algo, olho as horas no celular, checo o e-mail pelo Iphone, reclamo com minha amiga “tá demorando”. Ela me pergunta se é o show, se é a menina passar com a comida. O que é? Não sei. Mas tá demorando. Em cima do bar, no teto, tem um daqueles globos que sempre tem. Olho pro globo e penso que estou uma eternidade sentada naquele sofá. Mais de trinta anos? Descanso os cotovelos nos joelhos e me arrependo, enquanto todos querem ver e ser vistos, eu fico nessa posição feia de vaso sanitário. Minha amiga vai fumar. Eu me animo “já tenho pra onde ir”. Eu não fumo, eu odeio cigarro, eu odeio atravessar a festa inteira pra chegar até lá fora, eu odeio a amizade instantânea das rodinhas de fumantes que não se conhecem, eu odeio festas em geral, eu odeio papos de festa, eu odeio conhecer gente que não tem nada a ver comigo, e sorrir para os papos mais furados do mundo. Mas eu já tenho pra onde ir. E vou. E ao chegar lá fora, continuo achando que está demorando. Sinto falta do sofá agora. Mas quando minha amiga acabar o cigarro, eu já terei novamente pra onde ir. E assim uma festa chata me lembra muito a vida. A eterna oscilação entre ir lá fora ver e voltar pro sofá, sempre só pra ter pra onde ir. Chegou agora um ex amor. Ele entra com sua esposa. Ele me abraça enquanto ela segue em frente sem olhar pra trás. Faz aí uns 3 ou 4 anos que não damos um abraço. A gente sempre fugia das festas pra fazer sacanagem no carro dele. Não sinto saudade. Passou, faz tempo, não sinto nada. Nada. Talvez só sinta mais claro o que eu já sentia antes. Antes de sair de casa. Antes de ficar indo do fumódromo pro sofá e vice-versa. Eu só sinto agora, com esse abraço que não me fez sentir nada, com mais clareza, o que eu já sentia antes e muito antes de antes. Eu sinto que está demorando. Eu olho de novo no celular. Eu posso ir ao banheiro e isso já é um lugar para ir. Me animo. Não, não me animo. Tudo me deprime. Eu ficar chupando a barriga pra dentro pra esconder que tenho um pouquinho de pança, eu ficar me equilibrando no salto, eu ficar fazendo minha cara de “não encosta em mim”. Tudo me deprime. As pessoas falando de trabalho, as pessoas forçando falar qualquer absurdo só porque o óbvio seria falar de trabalho. E principalmente: o grupinho de moças muito altas e muito loiras que não trabalham mas estão lá porque estar nesses lugares é o trabalho delas. Tudo é tão chato mas eu fiz cabelo e maquiagem. Antes da meia noite não dá pra ir embora. Preciso me gastar um pouco pra não dormir tão antes de tudo dar errado. Eu sei, eu deveria beber. Mas pra quê? Pra achar essas pessoas legais? Pra suportar o insuportável? Sou cínica demais pra dar esse gostinho ao mundo. E eis que adentra à festa o rapaz que, não faz nem uma semana, me pedia que eu não fosse ainda, só mais um pouquinho, espera amanhecer, porque, depois, você sabe, dá tanto sono. De mãos dadas com a moça que vive dando entrevista dizendo que eles se comem mesmo, o tempo todo. E isso não me dói em nada. Foi só um moço muito bonito que durou uma semana. Mas ele também reforça meu pé inquieto batendo ritmadamente: será que demora? Não sei. Não, não demora mais. Olho pra porta e ele acabou de chegar. Eu fui na festa por causa dele. Então era isso, eu tava esperando o tal do moço que me convidou pra festa. E então ele fala comigo e encosta um pouco em mim e eu penso em ser muito honesta. Olha, fulano, eu acho tudo isso um saco, sabe? Eu odeio a cordialidade dos bichos. Todo mundo se elogia, fala de trabalho, conhece gente, faz piadinha ruim. Mas tá todo mundo pensando o que vai ter pra comer e também pra comer. Eu vim aqui porque, sei lá, desde que te vi na reunião e eram oito da noite e você estava muito cansado mas, mesmo assim, você estava muito cheiroso e falou coisas muito inteligentes, eu fiquei a fim de te beijar na boca. Então, dá pra pedir pra esse bando de amigo chato, que fica puxando seu saco, desaparecer do mapa? A menina com a perna gorda pode, por favor, nos deixar em paz? Você pode, por favor, parar de mexer no cabelo da minha amiga e parar de dar risadinha no ouvido dela e sumir daqui comigo? Não, ele não pode. Ele não é a resposta. Ah, Tati. Você deveria saber. Eles nunca são a resposta. Nunca foram. Que é que você quer? Por que você olha tanto pro celular? Existe alguém no mundo, nesse momento, que poderia te ligar agora e te deixar feliz? Não. Ninguém é a resposta. Nem o sofá, nem a festa, nem ficar em casa, nem a água com gás, nem olhar com nojo para o grupo de piriguetes vips que não prestam pra nada a não ser frequentar festas para sair em revistas e angariar empresários. Finalmente já tenho o que esperar: o carro. Finalmente já tenho o que fazer: ir embora. Na verdade a única coisa que estou sempre esperando e querendo é ir embora. De todos os lugares, de todas as pessoas. Eu não estou esperando nada a não ser o tempo todo sair de onde eu estou".

Tati Bernardi

MIMIMI Amor

O amor veio quietinho, silencioso e só me dei conta quando já tomou conta. Foi como virar criança de novo e brincar de cosquinha de novo, de me ver fazendo bico e mimos, de sorrir cada vez que toca a música do nosso primeiro beijo. Ter paciência de aprender as manias e para gostar dos velhos hábitos que você tem. É gostar mais do teu shampoo que do meu e de achar estranho você gostar da minha cama de solteiro. É ter ciúmes da cama de solteiro e da gente só conseguir ficar agarrado, até quando tô morrendo de calor. É você gostar de John e de Sinatra só por causa da brincadeira do casamento. São as pequenas coisas da nossa rotina, que só é rotina porque nós dois decidimos assim. Foi descobrir que amor é você, porque você virou o meu melhor amigo, meu pai, meu amante, meu filho e companheiro. E acima de tudo, por você ter tido paciência, esperado as coisas acontecerem naturalmente desde o início e depois disso eu que fiquei louca por ti, completamente maluca por ti. E a vida me surpreendeu contigo, amor, me passou uma rasteira das grandes. Porque acabei assim: te amando. E como eu te amo.


"The more I see you,
The more I want you.
Somehow this feeling
Just grows and grows.
With every sigh I become more mad about you,
More lost without you,
And so it goes.
Can you imagine
How much I'll love you?
The more I see you
As years go by
I know the only one for me can only be you.
My arms won't free you;
And my heart won´t try"

Mais...

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