quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Upside Down

Desisti do amor. Pelo menos por enquanto. A primeira vez que fiquei com o coração partido, todo mundo me disse: ‘deixa sangrar, deixa cicatrizar. Vai sarar, vai parar de doer’. Nunca deixei. E agora está bagunçado e nebuloso de novo, como naquele dia 28 de julho de 2006. Aquela ferida exposta e dolorida, por onde meu coração saiu e que continua sangrando até hoje. O coração nunca conseguiu se recolocar naquele lugar, ele continua se machucando dentro do peito. Não dei tempo pra ele arrumar a casa e agora a ameaça é de ‘caso perdido’. Mas não posso desistir de mim (fico repetindo isso pra me convencer). Mais um namoro ficou pra trás. Decidi deixar essa pessoa sair cedo, antes que fosse complicado demais, antes que a gente se amasse e eu acabasse magoando ele por não ter espaço no meu peito ferido pra mais uma história fracassada. Porque seria exatamente isso. E enquanto a ferida não sarar, será tudo fracasso. Agora eu preciso juntar os meus próprios pedaços, que foram ficando nos caras que eu amei. Preciso me achar e deixar tudo em ordem de novo, como há cinco anos, antes do Henrique ter entrado na minha vida, antes de eu ser só dor. Preciso me dar a chance de ser incrível, como ele me fez sentir na primeira vez que dissemos que nos amávamos, na primeira vez que dançamos na chuva e a primeira vez que nos beijamos. Foi incrível. E de uma vez por todas, eu preciso superar isso.

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