quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vai ficar na saudade.

Estava lendo os textos antigos postados aqui e deu vontade de apagar o blog. Aquela coisa de “hoje em dia se eu quiser mudar o visual, atualizo minha página do Orkut”, é meio assim que funciona mesmo e tudo o que tem aqui, tudo, é sobre outra pessoa, com outros pensamentos, outros planos, outra perspectiva de vida. Não sou mais essa que escreveu e que sentia isso tudo que está aqui. Fico até envergonhada lendo a forma explícita que trato alguns assuntos, algumas coisas seriam melhores de não serem ditas (ou apagadas).
Não desconsiderando o que foi escrito, tudo isso fui eu. Caíram lágrimas nesse teclado durante as madrugadas, tudo foi muito válido, mas nada disso tem a ver com essa mulher que está escrevendo agora, que tem a necessidade de encerrar esse capítulo para que um outro possa começar. Hora de dar “adeus” a esse diário de um ano, que foi um grande ombro amigo, e começar outro. Ainda vou pensar se apago mesmo, mas esse é o ultimo post neste blog. Obrigada a quem acompanhou, deixo o meu carinho a vocês. Um grande beijo.

Para contato: mayaragomes_mgs@hotmail.com

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fogo

Quando falam muito que uma música é a sua cara, ela acaba sendo.


"Você é tão acostumada
A sempre ter razão
Você é tão articulada
Quando fala não pede atenção

O poder de dominar é tentador
Eu já não sinto nada
Sou todo torpor

É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
E participo do seu jogo, participo

Você sempre surpreende
E eu tento entender
Você nunca se arrepende
Você gosta e sente até prazer

Mas se você me perguntar
Eu digo sim, eu continuo
Porque a chuva não cai
Só sobre mim

Vejo os outros,
Todos estão tentando
e é tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
E participo do seu jogo, participo

Não consigo dizer se é bom ou mal
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá e o que quer que eu faça
Sem você não tem graça"



domingo, 16 de maio de 2010

Diálogo M&M

Algumas pessoas nos conhecem muito mais do que imaginávamos:
-Amor, não gosto de flores.
Ele sorri sem dizer nada e no outro dia leva flores:
-Sim, você gosta de flores e gosta de lírios.
-É, gosto, mas disse que não gostava. Como você soube dos lírios?
-Dizes coisas demais.
-Você está sendo romântico?
-E tu estas tentando estragar, vem cá.
A forma como aquele olhar atravessava o meu, naquela noite, mudou o rumo da minha vida. Aquela certeza sobre o amor aconteceu ali, em um dia que amanheceu normal. Atravessou todas as paredes e se enfiou nos meus olhos. Depois de saber as coisas que são possíveis de serem sentidas, de amar alguém, comecei a acreditar que muita coisa é possível. Sinto vontade de casar e ter filhos, me sinto a mulher da vida de alguém. Eu sou feliz.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Romance - O filme

Diálogo tirado do filme.

Ana: Você não me ama mais, é isso?
Pedro: Tá vendo? Esse é o problema com amor... ou ele vira cobrança e ninguém tem mais paz, ou então ele vira rotina e as pessoas morrem de tédio.
Ana: Se você quer amar alguém por muito tempo tem que aprender a gostar da rotina.
Pedro: O casamento é o túmulo do amor. Foi inventado para os seres humanos medianos, que não são aptos nem para o grande amor, nem para a grande amizade, portanto para a maioria. Nietzsche.
Ana: Você não quer casar porque é um ser superior, é isso?
Pedro: Não, eu não quero casar porque casamento é chato. Porque casamento é uma coisa e amor é outra. Porque as pessoas se casam por amor e depois terminam se estapeando por causa de uma infiltração na cozinha.
Ana: Eu não posso acreditar que você não vai mais me namorar por causa disso. Por causa de uma frase do Nietzsche e uma infiltração na cozinha.
Pedro: Eu prefiro a aventura à rotina.
Ana: Eu prefiro os dois. Criar um filho, por exemplo, é uma aventura e é rotina ao mesmo tempo.
Pedro:Eu não quero ter filhos, quero fazer teatro. Ou filhos ou livros. Nietzsche de novo.

Ônibus


Já disse aqui uma vez, eu gosto, realmente gosto de andar de ônibus de noite. Serve o primeiro que passar. Hoje dei uma volta só pra sentir o clima da cidade. A chuva se enfeitou toda, mas não saiu, lembrei do Natal. No pedaço da viagem em que tive companhia, aproveitei para atualizar os assuntos com Janaína, lembro bem, Janaína estava certa.
De dentro, o estardalhaço se cala e os sons abafados da rua soam como música. Saquei uma leitura e entre a penumbra, os postes, os pedestres, alguém que sobe, alguém que desce, eu li. E entre termos de marketing e viagens pra Austrália, também pensei na bagunça em cima da cama e na bagunça em si.
As pessoas ali dentro parecem perdidas em seus pensamentos, como eu, que tento prestar atenção ao redor por algum tempo, mas logo estou planejando alguma criação impossível, rindo sozinha. Sempre me esqueço de carregar o caderno nessas horas, é impressionante, não consigo recobrar o raciocínio daquele momento, é tão especial, é um verdadeiro instante de paz.
E este texto é a “necessidade de justificativa” (o que Janaína disse ser meu vício), que neste caso, serve para justificar a minha necessidade de escrever sobre qualquer coisa (mesmo que fique incompleto), todos os dias.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Insônia


Não era medo de amar, não, não era isso. Era medo do que seria depois, do que ela seria após sentir aquilo de novo. Não era suportável se manter ao seu lado, ela mudava, amedrontava. Ainda não havia aprendido a domar o frisson. Os sintomas eram os mesmos: tremores nas pernas, subia o arrepio na espinha, os pés esquentavam, o ventre latejava, o coração saltava no peito; Era dolorido sentir, sem nenhum "mas". No começo é fácil, mas enquanto isso correr desgarrado dentro, vai ser dificil uma história diferente.

A panela inteira tem seus defeitos.

domingo, 9 de maio de 2010

Sweet Disposition


A vida age exatamente como o clima, muda quando menos se espera. Quando programamos uma roupa pra o calor, faz frio, parece sacanagem, mas é quase sempre assim, ou quando passamos o tempo todo com uma sombrinha dentro da bolsa, perdemos o banho de chuva, nos privamos de desfrutar de uma surpresa conscientemente.
Não dá pra imaginar o rumo das coisas. E em algum momento todos fomos hipócritas fazendo afirmações impossíveis de serem sustentadas e todos já estivemos desesperados por ver a vida correr dos nossos planos. Mas continuamos em frente. Mesmo sem termos feito grandes mudanças internas, a vida gira e se adapta sozinha, vai de cada um como tirar proveito disso.
Hoje, quando o Luiz veio me deixar, pensei: “o amor é igual uma panela de brigadeiro. Tem gente que agüenta comer só uma colher, mas eu quero a panela inteira”, é medíocre comparar amor com uma panela de brigadeiro, mas é dessa forma simples que funciona pra mim. Antes de a minha vida dar esse giro, qualquer pedaço tava bom, tem muito mais pra cada um de nós.
Há os que precisam de um amor maluco, há os que são carentes, há os que precisam de amigos...na verdade, há milhares de necessidades diferentes, mas ir atrás da panela cheia, pelo menos uma vez na vida, é para os que tem coragem.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Música boa pra fase boa!

Viajantes do tempo.

Não dá pra falar de realidade, isso não se encaixa nessa categoria. São delírios. Essa ligação parece ter vindo de outra vida, não é possível. Como vou falar de amor sobre alguém que mal conheço e conheço tão bem ao mesmo tempo? Aquele filme que fala sobre viajantes do tempo descreve. Você cuidou de mim a vida toda e esperei por isso a vida toda, mesmo sem saber e sabendo ao mesmo tempo. Tinha mais, era isso! Os gostos, as opiniões! Eu te escuto, eu te entendo, eu concordo! Mesmo sabendo que você tá dormindo na tua cama, te sinto aqui lendo esse texto com a cabeça no meu ombro, rindo, concordando, fazendo observações, seria mais uma coisa que não tem divisão do que seja você ou eu. Você é aficionado pela chuva, pela lua, pelo passado, por perguntas e pelas hipóteses. Até no nome dos filhos! De onde nós nos conhecemos? De que época? Acertas em tudo! Cadê os defeitos, cadê os motivos pra eu implicar contigo? Não é justo! Não é justo eu ser tão feliz assim, não é justo nós termos nos encontrado, não é justo com o resto do mundo, mas não ligo pra mais nada além de você. Tô com sintomas de amor.

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