quarta-feira, 29 de julho de 2009

Esboço - Parte um

Antes de serem felizes, pessoas se apaixonam e desapaixonam repetidas vezes. É o que acontece com a maioria, os que acreditam no amor e nos mistérios de contos de fada. Fadas estavam por perto quando algo deu errado, viram, sentiram, aprenderam com a dor, tomaram-na em seus braços e a curaram para que o conto pudesse acontecer. Todas as vezes que ajudavam a curar corações, tinha alguém destruindo outro. A falta de esperança foi matando-as aos poucos até sobrar uma, que perdeu a fé, o afeto e a família. Ficou para instruir e ajudar os humanos que nunca aprendiam a amar. Perdeu a sensibilidade (que por ironia) surtiu maior efeito, os humanos passaram a valorizar-se tanto, que seus relacionamentos começaram a dar certo. Cada vez que via que o ego era mais atrativo, entendia menos o mundo. Aposentou-se.
Recolhida em sua casa durante o inverno, assistia televisão e ouvia música, aquilo a preenchia mais que conversar por aí com alguém, desvalorizou a raça humana por completo. Em meio as suas análises, pela primeira vez, entendeu sua real solidão, de relacionamentos superficiais e seu coração oco. Nunca havia amado, viu tanto disso, pessoas que se apaixonavam todos os dias por alguém diferente, sentiu pena deles antes, mas pena sentia de si própria agora, nunca amou e estava sozinha, era a ultima de sua espécie. “Como posso eu morrer sem amar? Como posso ter tido uma vida sem amor? Como não me dei conta?”. Obcecada com seu destino infeliz, procurou em todos os lugares por outro como ela, de sua espécie, mas nada, passou meses na ânsia de encontrar e não achou ninguém. Voltou a trabalhar para ocupar o vazio.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Minhas indicações para o final das férias

Escolha um final de tarde nublado, um saco de pipoca, uma barra de chocolate, um copo de coca-cola, a tv mais confortável de assistir e divirta-se.



O primeiro: He's just not that into you.






O segundo: Mamma Mia






O terceiro: Something's Gotta Give

sábado, 18 de julho de 2009

Jump

Às quatro e meia da manhã estou de pé, um pouco nervosa, um pouco ansiosa:
-Bom dia, dia. Bom dia, pessoal. Bom dia, cachorrada. Bom dia, vida.
Tomo um banho quente, visto uma roupa mais grossa, preparo o café pra ir tomando no caminho, escovo os dentes, passo no quarto pra pegar o celular, as chaves e apagar a luz. Enquanto espero a minha carona vou dar uma olhada na cidade daqui de cima. Tem gente voltando pra casa, gente indo trabalhar e eu, esperando minha carona das cinco. Hoje está mais frio que de costume, choveu durante a noite.
Toca o celular, é o toque para que eu desça e espere no portão do prédio. As cinco dá pra notar as cores do céu mudando. Desço, espero mais uns cinco minutos e a carona chega.
Eu:
-Oi amor, bom dia!
Ele:
-Bom dia, amor, nervosa?
-Um pouco, mas vamos logo, não quero perder nada.
No caminho faço as minhas três orações: Deus, Nossa Senhora e Meu anjo. Dou mais um bom dia pra vida e pra mim, dessa vez deu pra sentir a batida do coração na garganta. Encosto a cabeça no banco e digo:
-Amor, coloca John.
Essa foi a única vez que ele o fez sem reclamar. Seguimos nosso caminho, o céu cada vez mais claro. Quase me esqueço de tomar o café.
Ele:
-Você não deveria estar comendo isso, vais enjoar depois.
Odeio quando ele está certo.
Ele:
-Chegamos.
-Como assim 'chegamos'? Você parou no meio da ponte!
-É aqui mesmo, vem!
Ele já tinha saído do carro antes que eu pudesse dizer alguma coisa. Tenho que admitir, era a vista mais bonita de se ver. Quase às seis da manhã o céu fica de vários tons (azuis, rosas, laranjas), as nuvens ficam partidas, parecendo ondas, tudo se refletia no rio, redes sendo jogadas, as aves voando, o vento soprando forte, ele me abraçou e ficamos olhando juntos tudo aquilo. Antes disso não sabia que ele tinha sardas ou que sua presença era relevante.
Entramos no carro novamente e fomos ao encontro dos demais. Estacionamos e aos poucos as pessoas foram chegando, quanto maior ficava essa equação, mais só eu me sentia, mas ele, ele sempre me tocava, falava comigo, mostrando que estava ali, que estava prestando atenção em mim e me apoiando. Todo mundo parecia preocupado, a essa altura já estava zen, só observando. Com o horário aproximando-se, começou a movimentação, "galera, bora" e o negócio ficou mais difícil, todos caminhando de volta pra ponte, já dava pra ver os profissionais arrumando as cordas e o medo nos rostos. Paisagem linda, melhores amigos, namorado, tudo ali, pro grande salto da minha vida. Meses de preparação, um salto que só pode ser feito de cabeça, tinha que ser quando tudo estivesse no seu devido lugar, foi essa promessa que eu me fiz. Todas as vezes desistia de pular de cabeça, já deixei pularem na minha frente pra criar coragem, mas nunca consegui pular. Nesse dia eu seria a primeira, tinha que ser assim. Tudo o que pode dar errado passa pela cabeça enquanto preparam o equipamento para o salto.
Eu:
-Mas e se eu morrer? E se...
Ele:
-Você vai lá, passa para o outro lado do para-peito, vira de frente para o rio e mergulha. Eu já fiz isso antes por você. Nós já estivemos aqui inúmeras vezes e eu sempre pulei na frente por ti.
Instrutor:
-Estas pronta?
Eu:
-Nunca!
Ele:
-Você vai ficar bem, você precisa sentir uma vez na vida, precisa se entregar pelo menos uma vez, sem medo, o que eu preciso fazer pra que você acredite nisso, confie em mim? Vai valer a pena!
Eu:
-Você pode estar enganado e não é que eu não confie em você, eu só prefiro o certo, o menos arriscado.
Ele:
-Eu vou estar aqui, você vai saltar e eu vou continuar aqui.
Tremendo passei para o outro lado do para-peito. Criei coragem, olhei para ele e disse:
-Acho que esse é o momento, preciso sentir o sangue quente, preciso sentir. Amo-te, mãe. Amo-te, pai, mas esse é por você, amor. É o primeiro, espero que seja o último. Vejo-te no outro ponto de vista. Eu amo você. E se alguma coisa der errada, tem o rio, pena que eu não sei nadar.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Continuo respirando

O meu próprio amor acabou comigo. Eu cai no poço da minha solidão eternamente, mataram meu amor. Não consigo dizer mais nada sobre sentimentos...nunca mais...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Summer!


Aleluia as férias começaram! Esse mês surgem festas de todos os lados, acabas encontrando todo mundo que já conheceste na vida e passas todo o tempo possível e imaginável com amigos. Só em julho gente que mora longe vem te ver e aproveitas pra colocar as conversas em dia. É no verão que fazes questão de ir pra praia todos os finais de semana e não perder nada. Passas meses se preparando, vais caminhar na praça pra perder a gordurinha, fazes compras, preparas a pele e o cabelo para o sol, dormes e descansas o máximo possível, porque chega julho, como chegou e passa voando! Tu sabes que não vais dormir, vais ficar chapado, não vais lembrar que tem cabelo e pele, só vais tomar banho de manhã, pq essa é a única hora que vais estar em casa. É o mês que acordas todo mundo com pasta de dente nos olhos, esqueces que tá vivo de tanto que bebeu, coloca o rock alto na praia pra importunar os outros, dança o funk da Pick up do tiozão que tu não conheces, fazes o coral com teus amigos da música do verão, bate um milhão de fotos altamente comprometedoras, conheces todo mundo no pior estado, tomas banho de mar, de chuveiro, de areia e de chuva com os amigos.
Esse é o momento que me lembro do comercial da Skol que diz 'o que você vai contar para o seu neto, rapaz?' 'Só no verão' e mais verdadeiro que isso não há. Estou correndo pra praia lavar a alma com a galera!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mas essa piada veio pronta.

De frente pra atendente, a Fernanda atende o celular, fala por alguns instantes, desliga, vira muito feliz e diz:
- Amiga, minha amiga vem pra cá!
E respondo sem animação nenhuma:
- Mas quem já, não eras tu que não tinhas amigas em sp?
E Fernanda responde:
- É A Grethen, Mayara!
Tentando não rir da piada pronta, pergunto mais uma vez pra confirmar:
- Quem, Fernanda?
- Grethen, Gretiane pra falar a verdade.

O dia em que conheci Grethen.

Grethen para Mayara:
- Oi, meu nome é Grethen.
Mayara pra Grethen:
- Desculpa, entendi Grethen, qual é o teu nome?
Grethen pra Mayara:
- É Grethen mesmo.

sábado, 4 de julho de 2009

Quero mais que tudo, te amar sem limites.

Não posso negar, não posso confundir, não posso evitar, é constante, é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, não posso esconder, não posso mentir. Eu te sinto comigo em casa dia de chuva, em cada noite com lua, em cada rima triste, em cada passo descalço, em cada música de amor. Foi a primeira e a única vez que eu soube que o significado de amor pode ser vivido. Isso é o mais sincero que eu já escrevi, é o mais íntimo e o que eu não posso mais evitar. Eu escrevo isso rezando pra que você leia e entenda que eu mudei, cresci, aprendi, mas que eu ainda amo você, meu bem. É imenso o meu amor e eu escrevo um pouco sobre nós pra te agradecer por teres me amado, por teres dançado comigo na chuva, por teres me beijado sempre com amor em primeiro lugar e por teres me dado o cheiro da chuva de presente nesses beijos. Com todas essas lágrimas que estão caindo, enfim, depois de anos, eu te digo mais uma vez, que não será a ultima, é imenso o meu amor por você.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vou postar uns vídeos legais ao longo do dia

The presets - Talk like that






Matchbox Twenty - Unwell






Jamie Cullum - All at sea






Mart'nália - Chega

"Ai que saudade eu sinto de você"


Ficou lindíssima essa música, amigo. Volta logo, não aguento mais...


Saudade - Marcos Vasconcelo

Ah que saudade eu sinto de você!
Eu conto os dias pra poder voltar
Eu não consigo mais viver aqui, o que eu mais quero é te encontrar
Ah que saudade eu sinto de você
Te olhar nos olhos e te abraçar
Chega domingo pra gente sair
E bem cedinho pra eu te acordar

Eu não quero te ver só nos meus sonhos
Nem ouvr a tua voz pelo telefone
E saber que você não está aqui e dizer

Ah que saudade eu sinto de você

Mais...

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