Letter

“(Você),
Cartas funcionam como chocolate pra mim, eu escrevo quando estou nervosa.
Estava analisando a lógica, a nossa lógica, no fato de ela não existir, eu assumo. Nós acabamos voltando para o mesmo ponto todas as vezes. Nós nos vemos juntos, nós nos sentimos família. Eu sei e você sabe, isso deve significar mais do que possamos entender agora. Voltei pra você, voltei por você, só pelo pensamento recorrente: construção. Isso encheu de conforto e alegria a idéia de haver eu e você em uma palavra. E houve.”

E é bom parar por aqui o que quer que eu tenha a dizer, que a história seja interrompida. Parei por aqui. Já falei bastante sobre amor, sobre esse mesmo amor e sobre outros amores também, mas esse, esse eu paro aqui. Esse acabou.
E sobre os outros, espero ter mais do que meia carta, mais do que vinte dias, mais do que pequenos espaços de tempo perdidos em quatro anos importantes. E ser menos dramático que pular do loiro para o preto, só pra ser mais fácil de entender que houve mudança. Ainda bem que foi o cabelo e não um braço que precisei mudar...