sábado, 15 de agosto de 2009

bonde

Quando ando de ônibus é dificil sentar colada à janela, mas fica irresistível na volta da faculdade, onze da noite, você, mais alguns derradeiros, as luzes começam a apagar lentamente ao redor, esquece das companhia, arrisca uma conversa sozinho e a viagem parece teletransporte. Você sobe, senta, apaga, ascende e chegou. Puxa a corda olhando para o lugar de onde levantou, desce do ônibus já com uma saudade do amigo refletido no vidro de noite, sabendo que dificilmente o dia seguinte guarde um tempo par relaxar tanto quanto na volta pra casa. Todos os momentos decisivos, em que reflexões realmente relevantes foram necessárias, precisei dar uma volta no coletivo tarde da noite. Nada melhor do que um desconhecido para te assistir chorar, rir e ignorar que você está ali. É por isso que pego ônibus para conseguir privacidade, viramos mulheres e homens sem sombras, protegidos, apesar de negligênciados, mas é o melhor remédio para pensar sozinho. Existe o entretenimento gratuito (ou nem tanto, R$1,70): conversa dos outros, pedintes, vendedores, gente bêbada, amigos velhos e uma infinidade de outras coisas. É um ótimo lugar pra ouvir música velha, a ultima do popsom ou o celular, sem fone de ouvido, dos outros. É um ótimo lugar para detectar preconceituosos, onze da noite todo mundo fica suspeito e tem poltronas confortaveis para uma viagem rápida. Como eu estou com sono, vou parando por aqui. Ônibus só presta de noite. O resto do tempo eles estão lotados, quentes, podes ser assaltado, eles sempre estão sujos, mas fora isso, não tenho do que reclamar, curto dar uma volta de mercedes e motorista.

boa noite galera.

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