sábado, 17 de abril de 2010

Profissão


Deve ser coisa de publicitário rezar pra que fique bonito, ficar “lambendo” o trabalho no monitor até tudo ficar equilibrado. É importante pra ele saber ou aparentar saber um pouco ou muito de tudo, caso não saiba, tem o google quando chegar em casa. Todo publicitário implica com as outras profissões: “ninguém é melhor” ou “todo mundo é melhor”; Publicitário não tem espaço pra se anunciar, vive torto atrás do computador pesquisando, tweetando, batendo papo dentro da sala verde-limão, porque verde-limão estimula criatividade. Vive em crise de “ninguém me ama” e odeia atender telefone. Está sempre com sede de cerveja no meio da semana e com cafeína no sangue. Reclama de tudo.
Publicitário odeia a faculdade, já ouviu tudo o que dizem ali. Certamente já fumou unzinho. Virou poeta de blog, cantor de videokê e chora no ombro do garçom de saudade de algum desgraçado.
Publicitário consegue dizer de uma vez o que todo mundo se enrola pra falar. Têm carisma, é tarado (transar é o negócio. Ou seria se houvesse mais publicitários no mundo). Só se apaixona por meia dúzia de infelizes: “não tenho tempo, não tenho paciência”. E passa mesmo a faculdade inteira aprendendo a mentir que é ocupado, mas é um nerd...viciado em qualquer tipo de informação on-line, é com isso que se ocupa.
A Publicidade abre a cabeça do seu profissional no meio e todos acabam com um perfil: independente, cafajeste, carente, consumista, reclamão, sincero, preguiçoso, capitalista, confuso, egoísta e...superficial, que pelo menos seja bonito, né? É da estética que eles se alimentam, e com orgulho!

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