sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um par

Um abril de 2006. O primeiro ano de muita coisa, a primeira vez de muita coisa. Estou aqui ouvindo “andei só” e lembrei das ruas perto do farol de Salinópolis, só eu e a Sam andando na noite, lembra amiga? Como nós íamos andando pro Maçarico todo final de tarde e como aquela chuva era deliciosa. Da forma como o que eu estava vivendo nos deixou mais apaixonadas pelas coisas simples. A forma como o meu celular tocava, a música do los hermanos interrompia as conversas só pra dar mais assunto pra depois. A Duda que dormia na nossa cama e acompanhava nossas gargalhadas e choros de alegria das madrugadas. Naquela semana não existiu Atalaia, como parecia que não exista mais nada e como não parecia faltar mais nada, lembra? Eu penso em um último momento de felicidade plena e lembro dessa semana. Nossas fotos que se perderam no meio da falta de preocupação daqueles dias, o clima cooperativo. Sinto falta dessa semana, sinto falta do que eu sentia por aquele outro cara naquela época. Sinto falta da forma que acreditávamos que tudo que queríamos e sonhávamos poderia acontecer, porque eu tava com ele e isso fazia tudo ser possível, lembra? Tinha o Lucas. Foi um tempo especial. Sinto falta de quem eu era e de como me sentia. Sinto falta de te ver daquele jeito, com esperança.

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